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Channel: Italianadas em Sampa
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A origem do futebol e o Calcio Storico Fiorentino

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De onde veio o futebol que conhecemos hoje?

Muita gente acredita que nasceu na inglaterra, mas existem relatos de que havia um jogo muito parecido praticado pelos gregos por volta do século I A.C. chamado Episkiros.

Soldados gregos eram divididos em duas equipes de nove jogadores e jogavam num terreno de formato retangular e usavam uma bola feita de bexiga de boi cheia de areia.

Quando os romanos dominaram a Grécia, conheceram o Episkiros, porém incluiram uma atuação muito mais violenta surgindo assim uma versão chamada Harpastum, muito jogado na dade média. Logo depois surgiu o Gioco del Calcio praticado em praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até os dois postes que ficavam nos dois cantos da praça usando tanto os pés quanto as mãos. A violência era muito comum e haviam relatos de mortes entre os jogadores. O jogo tinha muito a cara de um jogo de rugby jogado por gladiadores.

Isso levou o rei Eduardo II a decretar uma lei proibindo o jogo, mas integrantes da nobreza criaram um nova versão dele "light" com regras que não permitiam a violência.

O gioco de calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta do século XVII dando a versão ao Folk Football, muito parecido com o da Italia, Mais tarde ele ganhou regras diferentes e foi organizado e padronizado, ganhando os moldes do que conhecemos hoje como futebol profissional. Talvez se o jogo não estivesse chegado a Inglaterra, não teriamos o futebol que conhecemos hoje, apenas jogado com os pés.

O Calcio storico fiorentino (em portugues, futebol histórico de florença) é uma versão do Gioco del Calcio que é praticado até hoje na Italia e que envolve quase toda a população local. É um jogo sem regras exatas onde os 27 pessoas do time são geralmente irmãos e primos de sangue e os adversários são seus verdadeiros inimigos.

Assim como no Palio di Siena, que a cidade é dividida em contradas, em Firenze acontece o mesmo, uma área para cada time. Quem nasce ou mora nestas áreas, teoricamente torcem e jogam pelo time.

Uma vez por ano é jogado um pequeno campeonato de 3 jogos apenas na Piazza Santa Croce em Florença, com 4 equipes: Santa Croce / Azzurri (Azuis), Santa Maria Novella / Rossi (Vermelhos), Santo Spirito / Bianchi (Brancos), San Giovanni / Verdi (Verdes)

Amanhã começam os jogos deste ano, dois jogos neste final de semana e a grande final no dia 24/06:

- bianchi vs verdi - sabato 16 giugno 2012 h. 17.00 - piazza santa croce - firenze
- azzurri vs rossi - domenica 17 giugno 2012 h. 17.00 - piazza santa croce - firenze
- finale - domenica 24 giugno 2012 h. 17.00 - piazza santa croce - firenze

Quem estiver por lá, pode conferir. Compre aqui os ingressos: http://www.boxol.it/calciostorico/IT/index.aspx?A=32822

Site oficial: http://www.calciostoricofiorentino.it/

Veja aqui dois video do calcio storico fiorentino, parecem mais batalhas do que um jogo. Muito interessante.








Dupla cidadania: O dia em que me tornei italiano

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Dia 09 de julho de 2012.
Uma belissima manhã de verão em Milão, muito sol e temperatura em torno dos 30 graus, sai do hotel no bairro de cittá studi as 8hs da manhã para a comune de Pero. Antes de chegar, uma parada para fazer fotos naquelas macchinetas no metrô, as fotos que vão ser usadas no RG italiano e no passaporte.

As 9hs chegando na comune de Pero, sou atendido por uma senhora que fez todo o procedimento. Primeiro assinei uma papelada e me fez confirmar algumas informações. Ali mesmo na hora ela já confeccionou o meu ID na minha frente.

A carteira de identidade italiana (carta d'identitá) parece uma carteirinha de vacinação com foto, ela tem validade de 10 anos e inclui algumas informações como meu endereço, cores dos olhos e do cabelo, altura e estado civil. Depois, com o RG em mãos, fui direto para Fiera Milano City em Rho onde fica localizada uma das unidade da policia federal italiana. Lá, com fotos e o selo pago, dei entrada no meu passaporte italiano que ficará pronto em 30 dias.

 Finito, uma manhã apenas para finalizar todo o processo que iniciei em 2006, quando comecei a me interessar pela ideia e resolvi começar a busca pela cidadania. A tarde fui para o centro de Milano almoçar em um ótimo restaurante, tomar um belo vinho e depois curtir mais um pouco daquela imagem da piazza del duomo e das lojas do centro.

 Eu já era italiano de coração, agora sou legalmente. Conclui uma das etapas mais importantes da minha vida.

 E foi o próprio país da bota que me deu o pontapé inicial. Não foi só a questão familiar, meu sobrenome e o meu time do coração, eu sempre me identifiquei com a cultura italiana e principalmente com a gastronomia.

Entrei em uma aventura gigantesca de emails, cartórios e consulados. Fui pra Italia conhecer a cidade natal do meu bisnonno e depois disso cheguei a desencanar da ideia por não ter tido um retorno da comune, até que recebi na minha casa a certidão de nascimento do meu bisnonno, o documento que eu precisava para iniciar os trabalhos. Foram mais 2 anos buscando documentos pelo interior paulista, onde eles chegaram a trabalhar na colheita de café, e por fim, legalizar tudo e ir para Italia começar o processo do reconhecimento.

O reconhecimento da cidadania é o reconhecimento da historia de peregrinação de muitas e muitas famílias que deixaram a Italia para viver em um país completamente diferente. Buscar as nossas raizes, de certa forma, mostra muito sobre nós mesmos e esse aprendizado me deixou cada vez mais curioso. Pra ajudar fiz 2 anos de italiano pra poder me comunicar melhor em todo o processo. Depois acabei descobrindo toda a trajetória da minha família aqui no Brasil. Fiquei sabendo que meu bisnonno morreu super cedo com 21 anos de tifóide. Depois disso mudaram de Sousas em Campinas para a movimentada São Caetano.

Assim como houve uma enorme migração de nordestinos para São paulo em busca de oportunidades, os italianos fizeram o mesmo naquela época, para varios países da America. Hoje em dia parece piada falar que vai morar em outro pais, pela facilidade de pegar um avião, arrumar a mala e pronto. Naquela época, uma viagem da Italia para o Brasil demorava 1 mês em situação precária, com ratos, falta de comida e agua e muita, muita sujeira. Era muito normal morrer cerca de 10% dos passageiros na viagem. Fico imaginando o nível de pobreza que fez um pai de família se sujeitar a arriscar a vida dos filhos em uma aventura que seguramente não teria volta.

A situação na Italia era muito ruim, passavam fome e não tinham terra, e em algumas regiões como o Veneto, de onde minha família veio, a situação era ainda pior. Além de buscarem oportunidades em outros países, alguns tentaram a sorte em outras regiões da própria italia. Conheci muito veneteses morando na lombardia. A Italia por muito tempo esqueceu dos seus cidadãos nesta época de miséria e os italianos esqueceram da Italia como sua pátria mãe. Muitos deles ao chegar no Brasil, mudaram de nome e renegaram a cidadania italiana com raiva de sua propria nação.

Tenho muito orgulho do que minha família viveu e por toda essa historia que é riquíssima e merece ser recordada. Requerer a cidadania italiana é honrar essa história, é honrar um povo que ajudou a construir a maior e mais rica cidade do Brasil.

Auguri a me!

Agnolotti Piemontesi em São Paulo

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Quer conhecer uma típica pasta piemontese? Aqui em Sampa tem um bom lugar.

 Geralmente vou ao shopping Morumbi para fazer varias coisas ao mesmo tempo na hora do almoço e um dos meus lugares prediletos é o Spaghetti Notte, um restaurante bem tradicional que fica na parte de baixo. 

Os pratos tipicamente italianos geralmente tem uma forte influência do Piemonte, mas tem um pouco de tudo. Não cheguei a provar muita coisa por lá, pois sempre quando vou, peço o mesmo prato... O Agnolotti Piemontese



 Viciei no prato, na verdade. O Agnolotti nada mais é que um tipo de raviollini de carne muito firme e al dente que é regado a um molho "Alla Piemontese" que é um de carne com vinho muito encorpado e bem reduzido, sensacional.

 É uma pasta muito típica do Piemonte, as famílias usam a carne assada do dia anterior, trituram e misturam com outros legumes e temperos para rechear o Agnolotti
O prato não tem nada de sofisticado, mas a combinação é imbatível e irresistível, tanto é que eu deixo de me aventurar em outros pratos para comer sempre o mesmo.

 Apreciem se tiverem por lá, vale a pena.

 PS: Estava pra escrever este post faz um tempinho, mas na correria do dia a dia acabei deixando passar. Na verdade faz um bom tempo que não escrevo, esse negócio de microblog, redes sociais acaba tirando o fôlego de qualquer um.

Fotos antigas da cidade de São Paulo

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Recordar é viver!

Aqui uma pequena exposição digital de fotos de uma São Paulo que já se foi. Muita coisa já foi demolida, modificada, outras ainda estão de pé, porém completamente desfiguradas ou rodeadas de uma outra cidade.

São fotos raras e impressionantes como as 2 pontes do chá (antiga e a nova), Theatro Municipal logo após a inauguração, construção da Estação da Luz, Palacete Santa Helena demolido em 1971, Charrete de Lhama no Parque da Aclimação e muito mais!

Saudosa Maloca!


1919, trecho do Cambuci Avenida D. Pedro I - Ao fundo Museu do Ipiranga
A Nova York da América do Sul, Prédio Martinelli

Acidente entre locomotiva do Tramway da Cantareira e ônibus coletivo na zona norte 1944
Aeroporto de Congonhas na década de 1950
Antigo estádio da Portuguesa, no mesmo local onde hoje está o Estádio do Canindé anos 60

Avenida Paulista em 1976
Avenida Rangel Pestana (centro-bairro) - Estação Roosevelt ao fundo
Avenida São João em meados da década de 40
Avenidas General Olímpio da Silveira e São João  Década de 50
Bonde na Av. São João
Capela de São Miguel Arcanjo (São Miguel Paulista) década de 30
Vista geral Cidade de São Paulo em 1915
Colégio Ateneu Ruy Barbosa, 1927
Esplanada do Trianon - Início do século 20
Estação da Luz vista a partir do Parque da Luz em fotografia de 1906
Estação do Norte - Roosevelt - Brás na década de 30. A estação que mudou de nome 3 vezes.
frota de veículos de distribuição da Manteiga Aviação em 1946
fábricas da Antarctica Paulista
Jardim da Aclimação em 1920, passeio de charrete puxada por uma lhama
Largo do Socorro em 1936
o antigo e o novo Viaduto do Chá. O antigo é o da direita 1938
Obras finais da construção da Estação da Luz, em 1899
Operários trabalham em obra de construção do Viaduto Santa Ifigênia em 1910
Palacete Rodovalho, na Penha, em 1905
Palacete Santa Helena, na Praça da Sé demolida em 1971
Palácio das Indústrias - Década de 50
Ponte da Casa Verde em 1938
Porteira do Brás - Avenida Rangel Pestana
Posse de Julio Prestes, no Pátio do Colégio 1927
Praça da República - antiga Escola Normal em 1914
Praça da República em 1933
Praça João Mendes em 1914
Restaurante Gigetto na Nestor Pestana
Rua Augusta decada 70
Rua Conselheiro Crispiniano 1960
Rua da Penha (atual Avenida Penha de França) nos anos 40
Rua Florêncio de Abreu em 1903
Salão do Automóvel de 1969, no Parque do Ibirapuera
Theatro Municipal de São Paulo no início de 1912
Trincheira de paralelepípedos na Revolução de 1924
Tropas legalistas ocupam a Várzea do Carmo em 1924 - Palácio das Indústrias
Vale do Anhangabau final dos anos 40
Via Anchieta nos anos 1950
Viaduto Boa Vista, sobre a Ladeira General Carneiro
Vista aérea da Avenida 23 de Maio em 1974
Vista aérea da região central da Cidade de São Paulo em 1939
Vista da região da Praça da Bandeira e Vale do Anhangabaú ao fundo

Il Piatto pasta artigianale rotisseria empório e restaurante

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Definitivamente comer uma boa pasta por um bom preço, só em mezzo roticceria e mezzo ristorante.
Minha teoria é que eles ganham dos 2 lados e dessa forma tem como praticar um ótimos preços. O que vai para a rotisseria e não é vendido, eles usam no restaurante (antes do vencimento) no piatto del giorno. Simples assim.

Não sei se essa é a formula do Il Piatto, um lugar relativamente novo no Brooklin situado em um local bem movimentado do bairro (quase esquina da Guaraiuva com a Padre Antonio), mas que traz uma certa tranquilidade ao sentar em uma das cerca de 10 mesas do restaurante.
Alem do restaurante, a rotisseria e o emporio estão ali no balcão para quem quiser levar uma de suas massas artesanais, molhos, azeites, antipasti e etc.

O lugar é bem tranquilo, guardanapo de pano (essencial!!), oferecem vinho em taça e no menu todo dia tem o "piatto del giorno" por um bom preço para os padrões de São Paulo: R$ 36,50 por uma entrada, primo piatto, secondo piatto e sobremesa.
Caso você não goste do prato do dia, vá para as opções de pastas e carnes. Não é um cardápio complexo e nem fantástico, ideal para almoço executivo.

Já fui tres vezes para almoçar no local e uma delas levei pra casa um ravioli recheado de brie e zucchine, que ficou ótimo com molho triplo burro :-)
Vale a pena experimentar, quem estiver no brooklin

http://www.ilpiattomassas.com.br/
End.
Rua Guaraiúva, 776 – Brooklin - SP
Fones:(11) 2359.4988 / 2359.4927
contato@ilpiattomassas.com.br


Marcato Atlas macchina per pasta

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Semana passada cheguei em casa e não sei que me deu na cabeça, resolvi fazer massa pra pasta caseira.
Tinha visto que a receita é super simples (ovos e farinha) e meti a mão na massa.
Os meus filhos me ajudaram a fazer a bagunça na cozinha e valeu a pena ver eles curtindo e aprendendo a fazer, cerca de 500g de massa, que deu pra muita coisa.

Tínhamos na geladeira frango desfiado já temperado e aproveitei pra rechear as massas.
Acabei fazendo capeletti e um tortelli meia lua, mesmo abrindo a massa no rolo, gostei bastante do resultado.





Depois dessa experiência bem sucedida, minha mulher resolver procurar uma maquina de fazer pasta, tem varias no mercado, mas a melhor é a italiana Marcato.
O problema é que ela custa bem caro e a ideia não era de gastar tanto dinheiro agora.
Foi ai que ela lembrou que sua avó, que hoje não cozinha mais, tinha uma dessas para fazer pastel e quando fomos a cada dela, resolvemos procurar a maquina.
Adivinhem..
Não só ela tinha uma Marcato, como um dos melhores modelos em ótimas condições e muito pouco usada. Tanto é que até hoje tem o selo de compra do falido Mappin na caixa.









Bom, depois dessa raridade encontrada, vou precisar fazer uma pasta caseira de verdade, já até comprei uma farinha italiana de grano duro, agora fazer uma vero pasta fatta a mano

Ci vediamo!

São Paulo: The Most Underrated City in the World

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Esse video é uma carinhosa homenagem a cidade de São Paulo feita por um gringo que morou 6 meses por aqui e acabou se apaixonando.
No video ele mostra alguns lugares que ele mais frequentou, apesar de faltar outros lugares que provavelmente não tocaram o coração do americano, o video é muito bem produzido e é uma mostra de que a cidade pode oferecer muitas coisas legais aos turistas.
Vale apena ver, nada como um gringo gostar da nossa cidade pra gente dar mais valor a ela.


Como era a nossa cidade em 1988?

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Vinte e cinco anos atrás, o japonês Kazuhiko Kobayashi percorreu a cidade de carro no dia 16 de outubro de 1988 as 10:30 hs. No mesmo ano, ele fez um outro video no dia 29 de outubro mais curto, fazendo outro trajeto por SP e ainda existe um terceiro video onde ele desceu a Anchieta para filmar um pouco de Santos, São Vicente e Praia Grande

Esse 3 vídeos são sensacionais, vale muito a pena recordar como era a cidade anos atrás.

Algumas curiosidades sobre os vídeos:

- Praticamente não se vê os atuais motoqueiros por todo o trajeto
- Rever os carros da época é muito legal, reparem que praticamente 70% são volkswagen
- Muitos outdoors e letreiros quando não havia ainda a lei cidade limpa
- Ônibus vermelhos, acho que foi na época do Jânio Quadros
- Asfalto parece bem irregular, acho que tínhamos mais buracos
- barulho de motor de fusca por todos os lados, isso em 1988
- Algumas vias grandes ainda com paralelepípedos
- Muitas linhas suspensas para ônibus elétrico
- Carros com placas amarelas
- O video foi feito no Domingo, mesmo assim se vê um transito muito mais tranquilo nas vias
- Praticamente não haviam carros importados
- Postos Atlantic, Texaco ainda existiam e quase nenhum posto BR
- não se via caçamba de entulhos
- Por incrível que pareça, acho que havia menos arvores e as vias pareciam mais sujas
- No video da praia, da pra ver com as estruturas dos lugares eram muito mais precárias, sinalização das estradas, etc

E no final ainda achei mais um video interessante que faz o mesmo trajeto de 1988, só que em 2013 para comparar a cidade.
Vale a pena!

Videos:

16 de outubro de 1988

29 de outubro de 1988

Santos, São Vicente e Praia Grande

Comparativo 1988 vs 2013

Receita fermento natural biológico pasta madre

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Depois que mudei para um apartamento, deixei de ter meu forno de pizza a lenha por perto e isso acabou diminuindo bem a quantidade que eu fazia pizza em casa.

Continuo fazendo na minha sogra, mas não com tanta frequência. Resolvi voltar de vez com o meu hobby gastronômico, já estou pesquisando como colocar um forno a lenha na minha varanda.
Porem o assunto aqui é outro, resolvi investir em minha própria pasta madre, fermento biológico natural feito em casa.

Muita gente usa a pasta madre em pães e massas caseiras, existem restaurantes, pizzarias que tem a pasta madre a anos. Na Italia é comum a pasta madre passar de geração para geração, parece que quanto mais antiga, melhor ela fica.

Achei um video na web que mostra um passo a passo, muito simples. Na verdade achei muito mais simples do que eu imaginei.

RECEITA:
  •  100g de farinha 
  • 100g de agua (sem cloro) 

Em um vidro que deve ficar fechado fora da geladeira, misture bem os ingredientes e deixe 24 horas descansando. No dia seguinte, jogue fora metade da mistura e acrescente
  • 50g de farinha 
  • 50g de agua (sem cloro) 
Misture bem os ingredientes e deixe 24 horas descansando. No dia seguinte a mesma coisa e repita por 10 dias.

O video da explicação é esse aqui: https://www.youtube.com/watch?v=5wqGd6d1F0s


Uma coisa que fazendo em casa descobri. A medida dessa receita, principalmente da agua, não esta muito bem equalizada, isso porque colocando o tanto de agua que ele fala, a pasta fica muito mole e depois a agua sobe para a superfície.

No segundo dia descobri isso e diminui a quantidade de agua, deixando a massa mais pastosa.

Essa foto aqui do lado foi tirada no dia 3, e já dá pra ver uma cultura de bacterias bem interessante.

Estou senguindo o cronograma e no fim dessa semana já terei o fermento feito, depois é só testar.

Quero primeiro testar em um pão e depois faço a massa de pizza.


Esta imagem abaixo é do dia 10 e já dá para ver como a cultura esta bem homogênea. Experimento concluído, agora é só fazer a primeira massa!





Curiosidades sobre a pizza paulista

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A pizza é, sem dúvida, o alimento preferido dos paulistas. Estima-se que o consumo diário no Brasil seja de 1,8 milhão de pizzas, sendo o Estado de São Paulo responsável por 53% de todo este consumo.


CONSUMO:
Para o paulistano, qualquer dia é dia de pizza! Na cidade de São Paulo, apenas 30% dos habitantes não consomem pizzas. O consumo médio mensal por habitante é de 7 unidades por mês.
Segundo pesquisa, esta é a "pizza" de sabores preferidos dos paulistanos:
  • 35% - Mozzarela 
  • 25% - Calabresa 
  • 22% - Margherita 
  • 18% - outras 
Preço médio - R$ 36,00
Preço mais caro entre - R$ 80,00 - 90,00

Eventos que aumentam pedidos via delivery:
  • Partida de futebol – aumento de 42% nos pedidos 
  • Feriados – aumento de 25% nos pedidos 
  • Dias chuvosos – aumento de 20% nos pedidos 
  • Episódios importantes em novelas e séries de TV – aumento de 13% nos pedidos 
  • Em dezembro (epoca de festas) - aumento de 15% nos pedidos

ESTABELECIMENTOS:
São mais de 12 mil pizzarias no Estado de São Paulo, faturamento anual de R$ 5 bilhões e mais de 170 mil pessoas empregadas no setor.

As pizzarias paulistas estão divididos em 3 tipos:
  • 50% - apenas delivery 
  • 44% - delivery + salão 
  •  6% - apenas salão 
Uma pizzaria delivery vende em média 1.600 pizzas por mês. Já um estabelecimento que entrega o produto na casa do cliente e serve no local comercializa 2.700 unidades. As pizzarias especializadas apenas em servir no restaurante vendem em média 3.900.


 FONTES: Hellfood, ECD e Pizzarias Unidas

Palio di Siena 2009 e um pouco de história

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Semana passada aconteceu a primeira corrida do Palio de Siena de 2009, a corrida de cavalos mais impressionante e empolgante do mundo, um evento regional cercado de história e tradição que acontece apenas 2 vezes por ano: dia 02 de julho (Palio di Provenzano) e dia 16 de agosto (Palio dell'Assunta), em Siena, região da toscana, na Itália.


Esta corrida acontece desde o Século XVII sem nenhuma mudança, as mesmas regras, trajes, bandeiras que desfilam em praça pública, contradas "le contrade" e o mesmo local, tudo como se fosse na idade média.

Antes de cada corrida, há um cortejo das contradas participantes “Corteo Storico” com os condutores das bandeiras “Alfieri”, que usam trajes medievais e fazem alguns malabarismos com a bandeira da amada contrada. Logo depois vem os “carabinieri” montados empunhando espadas.
A corrida acontece na principal praça de Siena, Piazza del Campo, na frente do belíssimo Palazzo Pubblico, que fica completamente lotada com os moradores e turistas que vão para Siena ver a corrida. Muitos proprietários de casas na frente da praça, alugam suas casas para os turistas verem o Palio das sacadas. A praça fica tão lotada que não é possível ver o chão da praça, apenas é possível ver a pista.

São ao todo 17 contradas, que funcionam como se fossem bairros de Siena que competem entre si. Se a pessoa nasce em um determinado local da cidade ela automaticamente pertence a aquela contrada, que possui uma sede, que geralmente fica ao lado de uma igreja do mesmo bairro, possuí uma diretoria "Seggio", um chefe chamado "Priore", tem escudo, bandeiras, estandartes das vitórias, trajes típicos das cerimônias e cores que enfeitam toda a cidade o ano inteiro quando esta contrada ganha o Palio.
São elas: Aquila, Bruco, Chiocciola, Civetta, Drago, Giraffa, Istrice, Leocorno, Lupa, Nicchio, Oca, Onda, Pantera, Selva, Tartuca, Torre e Valdimontone.

São 10 contradas que competem, 7 são inclusas automaticamente por terem sido excluídas da última corrida, e mais 3 que são sorteadas todos os anos. Os cavalos são sorteados 3 dias antes da corrida, só neste momento que as contradas sabem qual cavalo irá representá-la, depois desta definição, a contrada invoca o seu respectivo padroeiro para ajudar o cavalo e o jóquei que irão competir.

As dificuldades são imensas, a pista é coberta de areia para não machucar os cascos dos cavalos, pois o piso original da praça é uma espécie de paralelepípedo; os jóqueis não usam selas, vão sentados direto no pêlo do animal; o terreno da praça é irregular, tem um desnível de cerca de 15% em certos locais e existe uma curva bem acentuada que dependendo da velocidade, os cavaleiros ficam por ali mesmo. Por causa disso, é muito comum caírem do cavalo durante o Palio e se machucarem. Nada disso importa muito, pois mesmo caindo, se o cavalo chegar em primeiro a contrada vence a corrida. Para se ter uma idéia do perigo, em 2004 um cavalo morreu depois de sofrer uma queda durante a corrida e ser pisoteado pelos outros cavalos.


Geralmente são apenas 90 segundos de emoção e adrenalina, 3 voltas na praça que definem o campeão, depois do corrida as pessoas invadem a pista, agarram o jóquei, beijam o cavalo, rezam, pulam e gritam muito, impressionante a importância desta corrida naquela cidade.

O Palio não é uma manifestação turística organizada com fins lucrativos. Siena respira o Palio assim como o Brasil respira o futebol, quando estive lá, em todo o estabelecimento que entrava havia a bandeira de determinada contrada, assim como nós vestimos a camisa do nosso time de futebol, os Sieneses “Senesi” vestem as cores da sua contrada, camisetas e cachecóis pelas ruas da cidade. Quase toda a cidade é enfeitada de bandeiras e estandartes da contrada vencedora, é impressionante como eles levam a sério esta corrida e como a cidade pára para ver o espetáculo.

Este ano a Contrada della Tartuca ganhou o Palio com uma certa folga. Veja o vídeo aqui:


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